Se você está empregado é porque, um dia, alguém assumiu riscos pessoais, patrimoniais e familiares para criar essa vaga de emprego e em muitos casos, hipotecou a casa que morava e até a saúde. A coragem para assumir esse tipo de risco é para poucos e a grande maioria fracassa antes do terceiro ano.
Se fosse tão fácil criar uma empresa, contratar um monte de gente e ficar ganhando dinheiro na boa vida, sem fazer nada, qualquer um teria centenas de empregados CLT gerando riqueza infinita.
Uma empresa não é entidade beneficente, salvo raras exceções. Se o negócio não der lucro, um dia a empresa fecha e os empregos acabam; se o lucro não for bom, não serão criados novos empregos. A equação é de certa forma, lógica. Toda empresa tem uma responsabilidade social, mas trata-se de uma via de duas mãos. Fadas e duendes não existem no mundo corporativo.
Emprego, salário e benefícios são uma troca: a empresa lhe proporciona e você entrega, no mínimo, o que ela espera de você. Nem sempre essa troca é justa, mas uma carreira é feita de escolhas e você é livre. Tudo tem custo e valor, mesmo aquilo pelo qual você não paga. Simplificando, não existe almoço grátis.
– Ah! Mas tem patrão que explora o empregado e comete fraudes fiscais e contábeis, até ser pego e ter que se explicar.
– Sim! Existe! Do mesmo jeito que há empregados que passam o dia pensando em um modo de roubar a empresa, até o cofre cair no pé. Por isso, não se pode generalizar o malfeito nem romantizar o que não é romântico.
📌 Siga o @pensamentocorporativo no Instagram e acompanhe a série “Lendas, Mitos e Verdades do mundo corporativo; lições que as escolas não ensinam.”
Orlando Merluzzi (*)
(*) Conselheiro de administração, palestrante, consultor de empresas e especialista em gestão e governança, é criador do Portal Pensamento Corporativo e mantenedor da página do @pensamentocorporativo no Instagram.